Poema de finados
Amanhã que é dia dos mortos
Vai ao cemitério. Vai
E procura entre as sepulturas
A sepultura de meu pai.
Leva três rosas bem bonitas.
Ajoelha e reza uma oração.
Não pelo pai, mas pelo filho:
O filho tem mais precisão.
O que resta de mim na vida
É a amargura do que sofri.
Pois nada quero, nada espero.
E em verdade estou morto aqui.
Manuel Bandeira
Em: Antologia Poética, Manuel Bandeira, Rio de Janeiro, José Olympio: 1978, 10ª edição, pp: 88-89.
3 comentários:
Bom dia de Paz, querida amiga Elvira!
Que seja uma data de reflexão da efemeridade da vida!
Tenha um feriado abençoado!
Beijinhos com carinho fraterno
Dia de saudades!
Linda poesia!
beijos praianos, chica
Feriado por estas bandas
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