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Um pouco antes das sete e meia, a campainha da porta tocou. Isabel deu um último retoque nos lábios, pegou na mala e saiu. Ao sair do elevador, encontrou D. Rosa, a porteira, que a saudou com simpatia. E mesmo em frente à porta do prédio, o carro dos amigos, esperava-a. Dirigiu-se para lá.
- Boa tarde,- disse beijando-os. Como estão? Compraram as
flores para a Marta?
- Calma - respondeu Amélia. Compramos as flores e estamos
ótimos. A ti nem vale a pena perguntar. Menina, estás maravilhosa. Não é
verdade, amor?
- Claro que é. Não acredito que tenhas voltado sem
namorado. Será que os homens em Lagos andavam todos cegos?
- Então, parem com isso. Vou ficar envergonhada.
Risada geral. Amélia e Afonso faziam um belo par. Conheceram-se
três anos antes e não tardou muito a perceberem que se amavam. Daí até irem
viver juntos foi um piscar de olhos. Nem um nem outro fez, questão do
casamento.
“Não é por assinar papéis que me sinto mais casada ou
mais feliz” costumava dizer Amélia. E acrescentava “Há quem tenha namorado, e
quem tenha marido. Eu tenho um namorido que é muito mais original”
- Vais connosco,- disse Amélia. Já conduziste que chegue
hoje.
Afonso abriu a porta traseira e fazendo uma vénia
exagerada disse:
- Queira vossa alteza entrar.
Riram de novo. Já no carro Amélia disse:
- De verdade que passaste as férias sozinha? Casa e
praia? Nem uma ida a um bar, nem um jantar com amigos?
- Que amigos Amélia? Nunca tinha ido a Lagos. E não fui
para férias, divertir-me. Fui descansar.
- Claro, irmã - riu Afonso. Enganou-se no itinerário. Não
devia ir para a praia mas para um convento.
A chegada a casa de Paulo, impediu Isabel de responder.
Paulo veio recebê-los mal tocaram a campainha. Era um
homem de 45 anos estatura média. Era completamente calvo, mas isso não lhe
trazia nenhuma espécie de complexo. Depois dos cumprimentos disse:
- Entrem, a Marta está a acabar de se arranjar e a Maria
está na sala. Tomaremos uma bebida enquanto aguardamos.
Os três seguiram-no e entraram na sala. A jovem, que,
estava sentada num dos dois sofás existentes, levantou-se e veio até eles. Era
muito bonita.
- Que bom que vieram – disse beijando-os. Agarrou nas
flores e acrescentou saindo da sala:
-Vou ter saudades vossas. Volto já. Vou pô-las em água
As duas mulheres trocaram um olhar e depois Isabel
perguntou dirigindo-se a Paulo:
- Mas para onde é que vocês vão? E porquê?
- Como sabem a Maria vai este ano para a Universidade. O
curso que ela escolheu só tem vagas em Braga. A Marta é de Braga e lá residem
os meus sogros. A vida em Lisboa está cada dia mais estressante.
- Assim decidimos ir todos para Braga.
A voz feminina soara nas suas costas e os três
voltaram-se. Na porta Marta olhava-os com um sorriso. Era mais alta que o
marido, e mais esguia, mas igualmente simpática. Depois dos cumprimentos
habituais disse:
- É claro que vamos ter saudades vossas. Mas quando
estivermos instalados mando a morada, e depois Braga não é o fim do mundo.
Fico muito feliz por terem vindo. O Paulo gostava de convidar o seu sucessor
para jantar. Mas parece que não vive em Lisboa e ainda não chegou. Na verdade
não nos lembramos dele. Os pais são nossos amigos, mas o filho parece que é um
tanto aventureiro. Viajou muito. As visitas aos pais são esporádicas e rápidas.
A mãe disse-me há dias que tinha esperança que ele agora assentasse. Coitada é
mãe.
Fez uma pausa e acrescentou:
- Vamos para a mesa.
Continua
Próximo capitulo na Segunda Feira
Bom fim de semana
Continua
Próximo capitulo na Segunda Feira
Bom fim de semana
13 comentários:
Oi Elvira
Seu conto está ficando cada dia mais lindo.
Parabéns, está se tornando uma ótima contista.
Beijos no coração
Lua Singular
Uma festa de amigo ou uma festa de gente nova e dinâmica.
Oi Elvira
A vida nos ensina muitas coisas...Se assim não o fosse a humanidade já teria exterminado
Obrigada pelo carinho
Lua Singular
Enquanto eles vão para a mesa. Eu fico esperando pelo final dessa história que seja de muito amor e felicidade para Isabel.
Para você amiga Elvira desejo um bom fim de semana, um abraço.
Eduardo.
Então até segunda.
Tudo de bom.
E assim me deixas ansiosa por novo capítulo.
Beijinhos e tudo de bom.
Quanto dinamismo na arte de escrever.
Quase não me dás tempo a ler...
Insisto, o dom que possuis é para que te dediques a escrever. Já tentaste contactar com uma editora que se dedique só a escritores noveles.
Ando intrigado, como cativas!
Abraços de boa amizade
Estou a gostar, querida amiga Elvira.
Será que vão ver Braga por um canudo...?
Tem um bom fim de semana.
Beijo.
Interessante capítulo em que aparece a expressão namorido que ouvi exatamente, pela primeira vez, esta semana, no dia 10.
Cada vez melhor, Elvira.
Beijos,
Renata
Gostei, Elvira e voltarei para ver a continuação.
Beijos!
Oi, Elvira!
Enfim coloquei a leitura em dia e não queria parar... Que pena, tenho que esperar até segunda!
A imaginação está fervendo e calculando quem será o substituto de Paulo.
Parabéns pelos 13 mil comentários! Agora não mais, já aumentou! :D
Bom Domingo!!
Beijus,
Leo, Elvira, que completaste 13 mil comentarios lo que es un gran mérito.
Felicitaciones desde Chile.
OI ELVIRA!
LENDO.
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
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