Comemora-se hoje dia 17 de Outubro, o dia internacional da recusa á miséria. E então pensei lembrar Darfur. Porque miséria, temos em muitos países, a começar por África e a terminar na América latina. Em Portugal mesmo, por muito que se tente esconder, existem muitas famílias a viver na miséria. Porém em Darfur, além da miséria extrema, temos a guerra civil, a violência e morte de milhares de pessoas, a violação de mulheres e meninas. O genocídio de um povo.
"A história do dia 17 de Outubro.
Jornada Mundial de Recusa da Miséria
No dia 17 de Outubro de 1987, respondendo ao apelo do Padre Joseph Wresinsky, cem mil pessoas reuniram-se no Adro das Liberdades e dos Direitos Humanos no Trocadéro em Paris, para renderem homenagem às vítimas da fome, da violência e da ignorância, para afirmarem a sua recusa da miséria, apelando para a humanidade se unir, e fazer respeitar os Direitos Humanos.
Uma laje proclamando esta mensagem foi inaugurada nesse dia e nesse Adro, onde em 1948 foi assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Os cem mil cidadãos presentes, eram oriundos de todos os meios sociais e de todas as crenças. Algumas representavam as autoridades públicas internacionais, nacionais e locais. Outras eram famílias vivendo as realidades da grande pobreza à qual resistiam corajosamente no seu dia a dia.
Assim nasceu a Jornada Mundial da Recusa da Miséria.
No dia 17 de Outubro de 1992, Javier Perez de Cuellar, então Secretário Geral das Nações Unidas, em nome de um grupo de personalidades internacionais, reunidas num Comité, lança um apelo para o reconhecimento do dia 17 de Outubro.
A 22 de Dezembro de 1992, o dia 17 de Outubro é proclamado de Jornada Internacional para a Eliminação da Pobreza pela Assembleia Geral das Nações Unidas. A partir daí as iniciativas para celebrar esta Jornada não cessaram de se multiplicar."
O texto entre aspas foi retirado da internet.
23 comentários:
Em Portugal segundo dados de 2005 existem (existiam porque já devem ser mais) cerca de dois milhões de pobres ...e aposto que nestes valores não estão incluídos aqueles que por vergonha escondem as suas dificuldades. Há muita miséria encapotada.
Quanto a Darfur...bastava alguns que têm a mania que são donos do mundo quererem resolver a situação ou pelo menos ajudar e muito a minorar o sofrimento desta gente...
mas a guerra interessa a muitos infelizmente!
Hai días para toda-los problemas, da humanidade, do planeta, pero quedanse en xestos valeiros que soio serven na maioria dos casos para lavar as concenzas dos que os provocan, xa soio falta que os patrocinen as multinacionais que os causan. O cal, por suposto non quer dicir que non haia que facer algo é polo menos serven para que reflexionemos, o que ocurre é que lamentablemente a reflexión dura un día, como moito.
Un abraço
Não baixemos os braços nem percamos a voz numa luta que de todos nós é. A sociedade em que vivemos não pode esquecer aqueles que vivem na miséria.Mais justiça, mais igualdade, paz, pão, trabalho, instrução...
coloquei o teu poema no post de hoje. As palavras são as nossas armas. Obrigada, Elvira!
Beijinhosssssss
Dina:
O problema é que a guerra faz trabalhar muita fábrica de armas e enriquecer muita gente.
Um abraço
Olá Elvira,
agradeço seu post... pois é o pretexto de que precisava para palitar este pedaço de esterco que trago entranhado aqui nos dentes há dias... miséria neste mundo...diz bem... morrendo-se à fome... sem vacinas... sabe-se que vacinas que custam 5 euros poderiam salvar vidas... 5 euros e salvava-se uma vida... esperem... oiçam bem... 5 euros e vacinava-se uma criança salvando-a... mas pronto os homens não acreditam em mais nada, apenas olham o seu umbigo... não têm credo que não seja salve-se quem puder, é cada um por si... Agora que a igreja.. que prega um credo.. que tem uma missão tão especifica gaste perto de 80 milhões... 80 milhões... porra...80 milhões de euros numa igreja.... há gente na miséria porque os que dizem acreditar provam por obras que são ateus..
Um beijo Vicente
Hola Elvira
Mil disculpas, hace mucho que no pasaba por tu blog, y por el de nadie. Tenía mucho trabajo.
Yo no sabía que hoy era el día mundial contra la miseria (ni siquiera que existía un día mndial contra la miseria).
Que puedo decir. En todas partes hay miseria. Sin dudas Darfur es uno de esos peores lugares. En Uruguay obviamente, como buenos latinoamericanos, no escamos a ella.
Un beso. Vero.
Apátrida:
Sabemos todos que estes dias não acabam com os flagelos da humanidade. Mas se a denuncia servir para mudar mentalidades, para alertar consciências, algum dia os resultados hão-de aparecer.
Um abraço
Sophiamar:
Já lá fui ver. Fiquei surpreendida e agradecida.
Um abraço
Vicente:
Bom vê-lo por cá. Gosto dos seus comentários da sua revolta, autêntica pedrada no charco da nossa indiferença. No resto completamente de acordo. No passado Domingo, enchi os blogs que comentava a inauguração da igreja, com pensamentos muito semelhantes aos seus.
Um abraço, e volte sempre.
Ateneaniké:
Calculei. Tenho passado pelo seu blog. Bom que teve um pouquinho de tempo, e que ao mesmo tempo este post serviu para a alertar.
Um abraço
Querida Elvira
Acabei de escrever num outro blogue a propósito do mesmo assusto algo que crei ser importante.
COMBATER A POBREZA É ESTAR DISPOSTO A SER CADA VEZ UM POUCO MAIS POBRE PARA QUE OS VERDADEIRAMENTE POBRES POSSAM SER CADA VEZ UM POUCO MAIS RICOS
(este combate deve ser 365 dias por ano e não 1 só dia)
Isabel
Boa noite Elvira
A miséria ou a pobreza envergonhada está hoje instalada no nosso país.
Infelizmente, pelo agravar das dificuldades com um cada vez maior numero de famílias endividadas, adivinho que vai continuar a aumentar.
Darfur... já tanto se falou sobre o que se passa no Darfur, sem que algo de novo se tenha feito que chegamos a perder a fé... Continuemos a chamar a atenção de todos até que um dia a paz regresse àquela região do globo e se deixe de assassinar mulheres, crianças, idosos... não só pelas armas, é que
a fome também mata e de que maneira...
O Darfur, se calhar não tem petróleo, nem bases militares estratégicas, nem recursos de riqueza, senão já o problema estaria sanado...
Um abraço
José Gonçalves
A única coisa que me ocorre:
Seremos os únicos a lembrarmo-nos disto?...
Olá Elvira.
Há paises com seres humanos a morrer de fome que vivem numa pobreza extrema.
Aqui em Portugal os pobres estão a aumentar e, por este andar com tantas pessoas a ficar sem os seus empregos ainda vai aumentar mais.
Mas também quéro lembrar que vivem na rua muitos sem-abrigo que nunca quiseram trabalhar e sempre gostaram de ser livres e de viver uma vida nómada sem ordens e sem leis, se lhes derem abrigo em lares com normas eles fogem...
O que mais me impressiona são as crianças cheias de fome que os muito pobres teimam em ter aos montes para depois não terem como os sustentar, pobres crianças...
Beijocas
Isabel:
Eu também penso assim. O problema é que quem pode fazê-lo vive a olharo seupróprio umbigo e não vê mais nada. E os que olham com olhos de4 ver ás vezes têm tantas dificuldades que estão eles próprios a precisar de ajuda, como podem ajudar os outros.
Um abraço
José Gonçalves:
O problema parece ser exactamente ao contrário. Segundo a enciclopédia de 2005, o que o Sudão tem pouco é água potável. Tem uma grande extensão desertica. É apenas e só o maior país de Àfrica. O terreno é composto por grandes campinas planas e desoladas; montanhas no extremo sul, nordeste e oeste. No norte domina o deserto.
Mas o subsolo é rico sim. Petróleo, ferro cobre, minério de cromo, zinco, tungstênio (que eu confesso não faço ideia nenhuma do que seja) prata, ouro, energia hidroelétrica. Não podemos esquecer que o rio Nilo e aguns afluentes passam ou estão neste território.
Por tudo isto, e como quem manda, detém os recursos é que provavelmente os grandes senhores não lhes interessa acabar com a guerra. Nunca se sabe quando podem precisar destes recursos não é verdade?
Penso que se trata de uma limpeza etnica e religiosa. O poder está nas mãos dos Muçulmanos, quem sofre são os cristãos.
Um abraço
Mary90:
Que bom vê-la por cá. Tem razão. Eu sei que em Portugal a miséria aumenta todos os dias, sem falar na miséria encoberta, envergonhada, daqueles a quem o mês sobra sempre ao ordenado.
Um abraço
Elvira
E os americanos sabem disso?
Que o país era grande eu sabia. Que o subsolo era rico adivinhava, como aliás toda a região, mas como desconheço que algum dessas riquezas esteja a ser explorada, daí eu perguntar se as grandes potências mundiais saberão de toda essa riqueza.
Do que eles sabem seguramente é de guerra, e que provavelmente ela lhes trará proveitos....seja à custa do que for, até da vida humana...
Como aprendo em vir aqui minha amiga.
Uma coisa lhe garanto, um dia que me deixe disto, levarei uma bagagem alto lá com ela...
Um grande abraço
José Gonçalves
Nem teço comentários Elvira, porque a revolta e as lágrimas que saltam cada vez que vejo ou penso estas coisas não me permite escrever...apenas agir!
Faço voluntariado na Cruz Vermelha, mas eu sou uma pequena gota de água num imenso deserto de jogos de interesses e indiferenças.
"Adeus Mundo, cada vez a pior!", lá dizia o outro e com toda a razão.
Mal ele sabia o que ainda estava para acontecer!
Deixo um beijo e um miosótis para ti.
Bem hajas por seres como és!
A realidade actual deixa bem ver quais têm sido as iniciativas da ONU, e para que têm servido as reuniões e os apelos da mesma desinteressante organização...
Acção diplomática e no terreno é o que é preciso. Conversa de papo-cheio não interessa para nada. É demagógica e hipócrita.
Um abraço.
Lein o seu poema "Se eu tivesse coragem" pareceme moi fermoso, moi sentido, cunha tremenda sensibilidade.
Eu creo que ten vostede moito coregem.
Parabéns.
Un abraço
José Gonçalves. Secalhar é porque sabem que não lhes interessa irem contra a ditadura. É que eles são os mais fortes.
Um abraço
Miosotis:
É bom. Por muito insignificante que seja uma gota, ligada a milhares ou milhões dará um belo rio.
Um abraço
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