Falei tanto da Azinheira Velha, como sendo o lugar da Seca de Bacalhau, e também porque é a minha terra, gostaria de lhes falar da história desta terra.
"Até aos finais do séc. XIV as referências á Telha, limitavam-se a tratá-la como uma das múltiplas quintas de Alhos Vedros, mas os séculos XV E XVI, com as alterações que trouxeram à região, fizeram crescer o lugar, transformando-o numa próspera freguesia.
A prosperidade do lugar da Telha, não parou de aumentar até ao séc. XVII, altura em que participou activamente na reconstrução da marinha portuguesa, destruída pela ocupação espanhola, através da instalação no local, de um estaleiro naval. Nesta altura, chegou mesmo a "emprestar" o seu nome ao esteiro de Coina, amiúdo referido por rio da Telha.
A existência de um estaleiro naval na zona ribeirinha da Azinheira Velha, justifica-se por Lisboa não possuir um porto de mar abrigado, havendo então necessidade de se aproveitar os abrigos naturais que o Tejo oferecia nos esteiros da Margem Sul. O rio Coina era abrigado das tempestades de Inverno, permitindo acabar a construção das embarcações, iniciadas no Verão, na Ribeira das Naus em Lisboa. Nas suas praias, segundo a tradição, construíram-se muitos dos navios das descobertas, e os sapais eram utilizados para enterrar madeira, preparando-a para a construção naval.
Embora só a partir dos finais do séc. XVI o estaleiro naval (ou feitoria) da Telha, alcançasse expressão e importância económica para o lugar, é de crer que em toda a região, onde abundava a matéria-prima, tivessem anteriormente existido diversos estaleiros, que asseguravam a construção das pequenas embarcações do tráfego local e da pesca.
Actualmente, no local onde antes se erguia este estaleiro naval, encontram-se as instalações de uma seca de Bacalhau - Parceria Geral de Pescarias - já centenária (1891) no concelho do Barreiro"
Esta é a história da Azinheira Velha, o sítio onde nasci. A Seca continua lá mas está desactivada.
O Texto entre aspas foi retirado da net, dos ficheiros da C. M. do Barreiro
18 comentários:
Continuando a aprender, sempre....
Obrigada
Abraço
Estou achando ótimo aprender sobre sua terra e desta forma, sobre você, elvira querida.
beijo e ótima semana
Elvira:
Gostei muito de sua visita.
Adorei ler sobre a Azinheira Velha,
sua terra.
Deve ser um lugar encantador.
O poeta que você não conhecia,
na postagem que fiz no meu blog
chama-se J.G. de Araujo Jorge.
é brasileiro e nasceu no estado do Acre.
Foi conhecido como o "príncipe dos poetas" e como o "Poeta do Povo e da Mocidade".
Se você se interessar veja neste link um pouco de sua história.
Suas poesias são maravilhosas.
http://www.jgaraujo.com.br/
Um abraço.
Elvira
(Continuando na leitura)
com todos estes posts, já pensaste em iniciar um livro de «memórias de... »
beijos e boa semana
Passando para te desejar uma ótima semana!!!
Beijão
Elvira, como" Quase" ,Toda a Gente que escreve poesia, nesse mommento, são coisas do passado nosso ou de alguém que conhecemos que nos vem á memória.
A maior parte do que eu escrevo são vivências que eu nunca vivi,
è a outra Fernanda que está na pele da Heroína.
Porque esta que neste momento está a escrever-lhe,
é uma mulher feliz consigo própria e com o mundo.
Boa semana,
Beijinhos!
Fernandinha
Elvira muito Obrigada por mais uma lição de História deste País que eu desconhecia.
Beijinhos!
Fernandinha
E mais uma história que me transmite coisas novas, interessantes. E eu gosto de aprender.
Adorei todos estes últimos posts.
Beijinhos Elvira
Estamos sempre a aprender!
Um beijinho
Uma coisa boa: relativa/ preto da "sua" seca há um óptimo restaurante, cuja esplanada é muito boa no Verão, com uma bela vista sobre o rio.
Besos!
Lindo texto, história interessante, deve ser um local bonito a sua Azinheira.
Siguo aprendendo de moitas cousas de Portugal. Un pais veciño, (vivo a 15 kilometros) que adoro.
Bon lugar que terei que visitar.
Beijos
Bonito texto! Uma excelente lição de história sobre um lugar com muita história. Parabéns pelo trabalho de recolha e divulgação da terra onde nasceste.
Algo interessante. É uma forma de ir conhecendo a nossa história.
fica bem.
E a felicidade por aí.
Manuel
O coñecemento da historia, do suceder das cousas debe servirnos para ser mellores como persoas é tamén para non cometer abusos e erros colectivos.
Parabens pola historia, que nos axuda a coñecer mellor as fermosas terras de Portugal.
Unha aperta
Como tenho uma irmã a viver em Alcochete, vou passar a prestar mais atenção a lugares e localidades que nem sabia existiam.
Hoje sei a sua história graças a si.
Darei mais atenção à região.
Obrigado Elvira
José Gonçalves
Mais um belo post.Estás a transmitir conhecimentos muito importantes. Continua, amiga.
Delicio-me a ler-te.
beijinhos
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