Último Natal (1990)
Menino Jesus, que nasces
Quando eu morro,
E trazes a paz
Que não levo,
O poema que te devo
Desde que te aninhei
No entendimento,
E nunca te paguei
A contento
Da devoção,
Mal entoado,
Aqui te fica mais uma vez
Aos pés,
Como um tição
Apagado,
Sem calor que os aqueça.
Com ele me desobrigo e desengano:
És divino, e eu sou humano,
Não há poesia em mim que te mereça.
Miguel Torga, em Diários
9 comentários:
Adoro o poema ÚLTIMO NATAL de MIGUEL TORGA, sem os sentimentalismos baratos tão habituais nesta quadra festiva.
Feliz e abençoado Natal, querida amiga Elvira!
Gostei muito.
Ninguém merece a bondade tamanha do presente do Divino Menino.
Menino Jesus, nossa Alegria.
Que Deus lhe dê um Natal muito abençoado junto aos seus amados!
Saúde, paz e amor sempre.
Lembre-se dos amigos virtuais junto à sua mesa de Festa.
Que não falte pão e Amor!
Beijinhos carinhosos, festivos e fraternos
💚❤️🌲😘
Lindíssimo poema,Elvira!
beijos, tudo de bom! chica e FELIZ NATAL
Gostei de ler alguns escritos desse transmontano, mais em prosa que em poesia!
Gosto muito deste poema do Torga e obrigada por partilhares.
Beijocas e um bom dia
desejo umas felizes festas bjs saude
Reportando-me aos meus tempos de infância, o Torga - para nós "o Rocha" - tinha uma espécie de toque de Midas, sem ouro; pegava nas palavras e transformava-as em pequenas maravilhas. Sempre.
Obrigada, Elvira; muita saúde, um abraço e os meus votos de um Feliz Natal!
Lindíssimo poema Beijinhos.
Feliz Natal
Passando para desejar :- Paz. União. Amor. Esperança. Harmonia. Humildade. Dignidade Solidariedade. Bondade. Paciência e Gratidão. Abraço com carinho. Feliz Natal.
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��Que não nos falte a alegria de viver. Feliz Natal��
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