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27.10.21

UMA NOITE DE INVERNO - PARTE V




Mas Luís sentiu um aperto no coração. Não conhecia ninguém que tivesse aquela doença, mas um amigo tinha-lhe contado que a cunhada dele sofria dessa enfermidade e o que lhe disse, era suficiente para aterrorizar qualquer um. Fez perguntas ao médico, quis saber com que podia contar e se podiam fazer alguma coisa para impedir a doença de progredir.
E o neurologista explicou-lhe

"A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas, (memória, atenção, concentração, linguagem e pensamento, entre outras).
Esta deterioração tem como consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das suas atividades de vida diária.
À medida que as células cerebrais vão sofrendo uma redução, de tamanho e número, formam-se tranças neurofibrilares no seu interior e placas senis no espaço exterior existente entre elas. 

Esta situação impossibilita a comunicação dentro do cérebro e danifica as conexões existentes entre as células cerebrais. Estas acabam por morrer e isto traduz-se numa incapacidade de recordar a informação. Deste modo, conforme a Doença de Alzheimer vai afetando as várias áreas cerebrais vão-se perdendo certas funções ou capacidades."

Disse ainda que “ As células nervosas do cérebro comunicam umas com as outras através da libertação de substâncias químicas; que são denominadas por neurotransmissores. A acetilcolina é um neurotransmissor importante para a memória. As pessoas com Doença de Alzheimer têm níveis baixos de acetilcolina no cérebro. As enzimas designadas colinesterases destroem a acetilcolina no cérebro. Se a sua ação for inibida, mais acetilcolina estará disponível para a comunicação entre os neurónios.”

Então para tentar controlar o avanço da doença, ele podia receitar um inibidor de colinesterase, mas dizendo que o efeito deste medicamento variava muito de pessoa para pessoa, dado que havia pessoas que estabilizavam no ponto atual da doença, outras a progressão tornava-se muito mais lenta, e outras ainda, a doença continuava a sua evolução de destruição como se não tomasse medicação. Além de que a doença estava já muito avançada, Alzira devia ter ido a uma consulta de neurologia no início dos sintomas.

Informou ainda que era uma doença relativamente recente e que a própria ciência ainda sabia muito pouco sobre ela.






14 comentários:

Janita disse...

Devo ter feito confusão com o nome da personagem, esta novela tenho agora a certeza que não li, Elvira.
O sofrimento da outra personagem feminina, que eu confundi com esta, foi de outra ordem.

Tenha um boa noite.
Um abraço

silvioafonso disse...

O desenvolvimento está muito bem
amarrado, querida amiga Elvira e
se tudo sair como prevejo o mal
se curvará frente à ciência e eu
diante da escritora.
Um beijo e muito boa noite.

Pedro Coimbra disse...

Um horror ainda sem solução.

Tintinaine disse...

Isso traz-me recordações muito más!
A minha bisavó materna morreu com 87 anos, depois de ter passado os últimos 5 ou 6 anos totalmente dominada pela doença.
A sua filha e minha avó morreu com 80 anos, de cancro da mama, mas nada garante que não viesse a sofrer da mesma doença da sua mãe, se tivesse durado mais uns anos.
Tal como aconteceu com a sua filha e minha mãe que morreu aos 92, também ela completamente perdida com essa maldita doença.
O segredo, tenho que concluir, é morrer um pouco mais cedo!

Joaquim Rosario disse...

Bom dia
Para além do desenlace da historia , ainda ficamos a saber muita coisa sobre uma doença que infelizmente afeta muita gente.
A minha mãe quando faleceu também padecia desse mal.

JR

chica disse...

Capítulo bem escrito e cheio de pesquisa dessa terrível doença que apavora muito a todos! beijos, chica

noname disse...

Um horror essa doença.

Beijinho, Elvira

Ailime disse...

Boa tarde Elvira,
Uma doença temível e que infelizmente vai minando quem dela padece e as famílias.
Beijinhos e saúde.
Ailime

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Mais um belo capitulo.
Um abraço e continuação de uma boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados

lis disse...

Oi Elvira
Estive e ler os capítulos anteriores e o progresso do casal na vida a dois_ infelizmente a doença surgiu causando medo e surpresa ao marido.
Tomara consigam, se não reverter, que seja suave.
grande abraço, amiga

Cidália Ferreira disse...

Uma doença que destruí lentamente! :))
*
Enquanto eu sentir esta força de viver
*
Beijos e uma boa noite!

teresadias disse...

Muito boa a mistura da história de amor com a partilha de conhecimento sobre a malvada doença da protagonista.
Elvira, valeu!!!
Beijo.

Maria João Brito de Sousa disse...

Não será nada fácil cuidar da protagonista até ao final dos seus dias. De muito amor e força de vontade irá necessitar o marido...

Outro abraço, Elvira!

Rosemildo Sales Furtado disse...

O pior é que a cada dia que passa, a situação se agrava. Vamos aguardar os acontecimentos.

Abraços,

Furtado