Porque hoje estou triste. Porque estão acontecendo coisas com AMIGOS que são dolorosas e os fazem sofrer, e a quem afectivamente lhes está ligado, não me apetece escrever...
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29.11.07
COM O TEMPO APRENDEMOS
25.11.07
ABAIXO A VIOLÊNCIA DE GÉNERO: HUMANIDADE NÃO TEM SEXO!
- Esta iniciativa partiu da SÃO
- A violência doméstica, nomeadamente a violência do género, é uma realidade que envergonha o mundo em pleno século XXIEm Portugal foram registados, em 2006, segundo a UMAR, 20.595 situações de violência doméstica. Entre as agressões, incluem-se 39 casos de homicídio e outras 43 tentativas. No entanto estes números não revelam toda a realidade pois muitos casos não chegam a ser participados.A VIOLÊNCIA SOBRE AS MULHERES ENVERGONHA E DIMINUI A HUMANIDADE
- Segundo o Conselho da Europa, a violência contra as mulheres no espaço doméstico, é a maior causa de morte e invalidez, entre mulheres dos 16 aos 44 anos, ultrapassando o cancro, acidentes de viação e até a guerra.
- Dá que pensar... e pensando nisso deixo-vos a RITA
Rita é uma mulher ainda jovem. Morena de grandes olhos escuros, e um sorriso que faz aparecer duas covinhas na face, que encantam quem a olha. Nota-se que devia ter sido muito bonita na sua juventude. Precocemente envelhecida, aparenta ser bem mais velha do que os quarenta e dois anos que o BI mostra.
Casou jovem. Apaixonou-se por um jovem simpático, com ar de malandro mas que lhe enchia os ouvidos de palavras bonitas que a punham a sonhar.
A felicidade do casamento porém durou pouco. Um dia, estava Rita a amamentar o filho, o marido pediu-lhe dinheiro. O dinheiro que tinha para as compras da casa e para alguma coisa que o bebé precisasse. Ela ficou espantada. De mês para mês o marido deixava menos dinheiro em casa. Sempre arranjava alguma desculpa para a diminuição do ordenado. Até à bem pouco tempo Rita trabalhava e com o ordenado ia equilibrando as contas. Porém agora estava de baixa e a Segurança Social ainda não tinha mandado nada desde que deixara de trabalhar.
Rita disse que não dava dinheiro. Tinha pouco e ainda faltavam uns dias para o fim do mês. E aí pela primeira vez conheceu o peso da mão do marido. Nesse dia, Rita conheceu um Joaquim que nunca tinha visto. Ele cresceu para ela e sem respeito pelo filho que se alimentava no seio da mãe, deu-lhe uma primeira bofetada, enquanto pedia novamente para ela lhe dizer onde estava guardado o dinheiro. Rita voltou a dizer que não, e a mão abateu-se de novo sobre a sua cabeça, desta vez mais violenta ainda. Rita gritou e o bebé largando o seio começou a chorar. Sem forças Rita acabou dizendo que o dinheiro estava na gaveta dos lenços. Joaquim deu meia volta, dirigiu-se à gaveta, pegou o dinheiro e saiu batendo a porta.
Voltou tarde da noite. Rita não saberia dizer ao certo que horas eram mas passava das duas. Ela fingia que dormia. Joaquim deitou-se e pouco depois, dormia profundamente. Ela não dormiu toda a noite.
Esse foi o primeiro dia do inferno da sua vida. Atrás dessas bofetadas vieram mais, e cada vez Joaquim era mais violento. Sempre por causa do dinheiro. Um dia muito tempo atrás ela descobrira que ele gastava o dinheiro todo em jogo. E ela começara a esconder o dinheiro em sítios diferentes, mas sempre acabava por lho dar à força de pancada. O filho crescera, fora para a escola, o tempo passara fizera-se um homem.
Pouco tempo atrás o filho chegara a casa, e encontrara a mãe caída no chão da cozinha, e o pai
pontapeando-a como se fora uma bola. O filho revoltado agarrou o pai, e à força arrastou-o até à porta e pô-lo na rua. Depois fechou a porta e chegando à cozinha levantou a mãe enquanto lhe dizia:
-A partir de hoje eu não vou mais admitir esta vida mãe. Se o pai aceitar que é um homem doente e se quiser tratar-se, eu vou ajudá-lo. Se não aceitar ele que procure seguir a sua vida por outro lado, e tu tratas da separação.
Como todos os dependentes, Joaquim não admitiu precisar de ajuda, não quis ouvir falar de tratamento, e ela acabou por se separar e ficar a viver com o filho. Agora era uma mulher serena. Em várias partes do corpo, as cicatrizes davam testemunho da violência que sofrera durante muitos anos. Rita não precisava de as olhar. Tinha cada uma delas gravada na alma.
De Joaquim nunca mais soube. Tinha saído da terra após a separação e nunca mais ninguém soubera dele.
Em caso de urgência liga o 800202148.Apresenta queixa às autoridades competentes.Pede apoio à APAV- Associação de Apoio à Vítima Tel. 707200077 e-mail: apav.sede@apav.pt
24.11.07
BENDITOS SEJAM
22.11.07
DISTRIBUIÇÃO DE PRÉMIOS
Este eu recebi da Heloísa, blog http://coisasquegosto.wordpress.com/ Muito obrigada Heloísa
Este eu recebi do amigo Pena, http://memoriasvivasereais.blogspot.com/ Obrigada Pena, já é a 4ª vez que me é atribuido este prémio...
20.11.07
Os DIREITOS DAS CRIANÇAS
Este anúncio foi premiado internacionalmente , mas não passou na nossatelevisão, em Portugal . Porque será? Será porque o pai vem sempre? (recordo o poema da criança de 3 anos, "meu nome é Sara", O meu nome é ""Sara""
Tenho 3 anos
Os meus olhos estão inchados,
Não consigo ver.
Eu devo ser estúpida,
Eu devo ser má,
O que mais poderia pôr o meu pai em tal estado?
Eu gostaria de ser melhor,
Gostaria de ser menos feia.
Então, talvez a minha mãe me viesse sempre dar miminhos.
Eu não posso falar,
Eu não posso fazer asneiras,
Senão fico trancada todo o dia
.Quando eu acordo estou sozinha,
A casa está escura,
Os meus pais não estão em casa.
Quando a minha mãe chega,
Eu tento ser amável,
Senão eu talvez levariaUma chicotada à noite.
Não faças barulho!
Acabo de ouvir um carro,
O meu pai chega do bar do Carlos.
Ouço-o dizer palavrões
.Ele chama-me.
Eu aperto-me contra o muro.
Tento-me esconder dos seus olhos demoníacos.
Tenho tanto medo agora,
Começo a chorar.
Ele encontra-me a chorar,
Ele atira-me com palavras más,
Ele diz que a culpa é minha, que ele sofra no trabalho.
Ele esbofeteia-me e bate-me,
E berra comigo ainda mais,
Eu liberto-me finalmente e corro até à porta.
Ele já a trancou.
Eu enrolo-me toda em bola,
Ele agarra em mim e lança-me contra o muro.
Eu caio no chão com os meus ossos quase partidos,
E o meu dia continua com horríveis palavras...
"Eu lamento muito!", eu grito
Mas já é tarde de mais
O seu rosto tornou-se num ódio inimaginável.
O mal e as feridas mais e mais,"
Meu Deus por favor, tenha piedade!
Faz com que isto acabe por favor!"
E finalmente ele pára, e vai para a porta,
Enquanto eu fico deitada,
Imóvel no chão.
O meu nome é "Sara"
Tenho 3 anos,
Esta noite o meu pai *matou-me*
(Esta mensagem chegou-me hoje por mail)
E eu acrescento:
Existem milhões de crianças que assim como a "Sara" são mortos. No dia em que a DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA faz 48 anos. Será que não pudemos fazer nada?
16.11.07
Pura Amizade - O Filme
A minha amiga Renatinha do blog "Renatinha no blogger" passou-me o meme da Amizade; que consiste em escolher dez amigos dedicar-lhes um poste que fale da amizade e deixar no seu blog uma mensagem. Cada amigo deverá escolher outros dez e fazer o mesmo.
Toda a gente já sabe que eu não faço escolhas. Então aqui está o post da Amizade, para todos aqueles e aquelas que me visitam e me dão a honra de me chamarem AMIGA.
A todos peço também desculpa pela minha falta de tempo atual.
UM ABRAÇO E BOM FIM DE SEMANA
(Para verem o filme por favor desliguem a música do blog )
12.11.07
QUANDO UM COMENTÁRIO, VIRA POST
Um rio sem leito
uma foz sem mar
uma vela sem barco
um corpo sem roupa
uma mulher louca
e um mundo sem Deus...
uma boca sem fome
uma pele sem rugas
um orgasmo de luz
num dia de chuva
amar sem pecado
enfim, eu inventado
numa aguarela de letras
ainda que sem cor
ainda que pretas...
Há dias o meu amigo Vicente deixou-me este comentário. Porque gostei mt do poema, e porque penso que todos vós também vão gostar, aqui o deixo com o endereço do seu blog, que na minha modesta opinião, vale cada letra lá publicada. Para conferir...
http://ecosdaverdade.blogspot.com/
Obrigada pela vossa atenção e a todos
UMA BOA SEMANA
10.11.07
PARA MEDITAR...
Para todos aqueles que sempre se estão queixando que não podem fazer isto ou aquilo por motivos vários, esta lição de vida.
A TODOS UM ÓPTIMO FIM DE SEMANA.
7.11.07
AGUARELA...
Um galo canta...
Amanhece...
Ouvem-se os primeiros sons,
alguém que se levanta.
O dia começa...
Apressados os mais velhos seguem
preocupados para o trabalho.
Ás creches chegam os risos das crianças...
Trocam carícias os namorados...
um autocarro passa rápido...
Num banco de jardim, um velho, engole a solidão..
Ergue-se altiva a papoila,
humilde a roxa violeta...
Sai e entra gente nos mercados...
Apressada a dona de casa, descasca as batatas.
Chora o bebé na camita...
Brinca o menino na areia,
perante o olhar atento, do velho avô...
Desliza um barquito de à vela,
a lembrar aqueles de papel,
que fazíamos em criança.
Duma chaminé sai fumo...
Um cão ladra...
Um barco apita ao longe...
6.11.07
INTERROGO-ME. .. ATÉ QUANDO ?
Escuso de falar da fome que atormentou a minha mãe e os seus dez irmãos. Também não é preciso dizer que nenhum foi á escola. O saber ler não enchia a barriga a ninguém. A sua escola foi o monte, para onde iam guardar os rebanhos dos "senhores lavradores".
Era duro, muito duro, principalmente no Inverno, mas era a única maneira de poderem comer. Tanta coisa que eu podia contar, mas que vocês imaginam com facilidade. Pois bem, cinquenta anos mais tarde, a minha mãe desconhecia inteiramente a pílula, e nem tinha ouvido falar de planeamento familiar. Em menos de três anos teve três filhos. Depois, uma grave doença seguida de intervenção cirúrgica, impediu-a de voltar a ser mãe. Porém, dado o mísero salário do meu pai, e a frágil saúde de minha mãe, éramos ainda assim filhos a mais. Tanto assim que na idade em que devia ainda andar na escola, trabalhava já numa fábrica de cortiça. Era a mais velha, tinha que ajudar no orçamento da casa.
Enfim, isto passou, e nem valeria a pena recordá-lo, não fora o facto gravíssimo de que hoje,mais de um século passado, depois do nascimento da minha avó, quando o homem (dizem) conquistou a lua, e até já faz viagens de férias em naves no espaço celeste, milhões de mulheres, em aldeias esquecidas pelos cinco continentes, continuam sem saber nada dos métodos anticoncepcionais, nem de planeamento familiar. Mulheres, que reduzidas á sua condição de fêmeas, cumprem a sua missão de procriação, parindo filhos sem um mínimo de condições de poderem criá-los e educá-los. E isto sim revolta-me. Que em pleno século XXI, as crianças continuem a nascer, não porque os seus pais as desejem, mas porque não souberam como evitá-las. Que não possam ir á escola, porque o seu salário faz falta em casa. Isto quando existe casa. Pergunto-me porque aumenta a delinquência juvenil, porque os jovens se intoxicam de drogas, porque se prostituem? Dizem os psiquiatras, que nenhum homem nasce mau, e que a falta de amor nos primeiros anos pode ser a causa, o motivo, para a droga, a prostituição , o crime. E eu pergunto-me:
Como pode um pai acompanhar o desenvolvimento físico e mental de seu filho, como pode dar-lhe o beijo necessário na hora precisa, a palavra amiga no momento exacto, se eles pais, vivem a pensar no aumento que não chega, no emprego que não têem, nas cheias ou secas que tornam inuteis as pequenas hortas.
É urgente, que se dê a todos os recém-nascidos, iguais oportunidades de educação, saúde e futuro. E é igualmente urgente que os filhos deixem de ser resultado obrigatório das relações sexuais, mas sejam um fruto de amor, entre dois seres responsáveis, que conhecem a vida, e o desejam, porque sabem que há para ele, um lugar no futuro.
4.11.07
1.11.07
OLHAVAS
e fingias que não vias
os orfãos e viúvas de guerras inglórias
o desespero dos emigrantes clandestinos
as terras abandonadas pelo terror da fome
a força sacríficio dos ideais-feitos-homens
encerrados e torturados nas prisões do meu país.
Acordaste numa manhã de Abril e ficaste admirado
porque nas nossas mãos o sangue era cravo rubro
nas nossas gargantas o medo era hino á Liberdade
os nossos braços enlaçavam-se na esperança do momento.
Acordaste... e como quem muda de camisa
puseste-te ao nosso lado.
Era o tempo
de fingires ser democrata...
Hoje o tempo apagou o fingimento
e tu olhas
e finges que não vês
os campos perdidos sem sementes
as fábricas de máquinas paradas
o desespero e desencanto vagueando pelas portas
do desemprego.
olhas...
e finges que não vês
o país que se afunda, na lama do desespero.
elvira carvalho