Maria Paula veria a luz do
dia pela primeira vez antes da década de 50 ter chegado a meio. A sua chegada
deveria vir completar a felicidade dos pais, não fora a agitação que se fazia
sentir em Angola, e que trazia os seus progenitores bem preocupados. Tudo tinha
começado com o final da guerra na Europa. A princípio era quase imperceptível,
mas aos poucos foi-se tornando mais evidente que havia movimentos africanos
desejando a independência e preparando-se para lutar por ela. Na verdade o
jovem casal também gostaria que Angola se tornasse um país independente, mas
ambos sabiam que a tão desejada independência não chegaria de mão-beijada. Paulo tinha bem presente a experiência do que a guerra podia fazer, pelo que tinha vivido em Timor. E embora soubesse que a guerra em Angola nunca estaria ao nível de uma guerra mundial, também sabia que uma guerra de guerrilhas, podia ser igualmente mortal para a maior parte da população completamente indefesa. Quase todos os meses chegavam a Luanda, contingentes
de militares, que depois eram enviados para vários locais, especialmente para os pontos chave junto das fronteiras, pois os Movimentos de Libertação, estavam sediados em países limítrofes.
Desde cedo se notou que Maria Paula ia ser uma mulher muito bonita. Bastante morena, de cabelo negro e olhos verdes, como o pai e o avô. Inteligente e voluntariosa. Na escola destacava-se pela rápida aprendizagem. Nas brincadeiras era um tanto Maria-rapaz, e não raras vezes se impunha mesmo ao irmão, que tinha um feitio bem mais dócil.
Desde cedo se notou que Maria Paula ia ser uma mulher muito bonita. Bastante morena, de cabelo negro e olhos verdes, como o pai e o avô. Inteligente e voluntariosa. Na escola destacava-se pela rápida aprendizagem. Nas brincadeiras era um tanto Maria-rapaz, e não raras vezes se impunha mesmo ao irmão, que tinha um feitio bem mais dócil.
Continua
23 comentários:
Enredo envolvente.Vamos acompanhando com carinho! bjs.,chica
Fico encantada, com a sua competência, recheada de paixão, quando contextualiza a história romanceada. Parabéns!
Fico aguardando, esse brilhante desenrolar da vida da protagonista!
Meu abraço, bom final de semana...
Para além dos enredos, sempre tão elaborados, o que mais admiro é mesmo esse poder de contextualização da narrativa em relação aos acontecimentos históricos reais, o que torna tudo tão credível.
Muito interessante.
Bom fim de semana, Elvira.
xx
Uma guerra criada por um ditador e uma independência dada por alguém que só pensou nas suas contas bancárias, foi assim que tudo começou em 1961, eu cheguei lá em 1963, vi o que não esperava e pensei que o ódio humano, pode cometer crimes horríveis, sem punição!
Esta história não foge à realidade.
Elvira
Passei bons momentos a pôr em dia a leitura desta seu novo conto, bem engendrado e sedutor, como é seu timbre.
Beijos
Que historia ótima e bem narrada, prendeu a minha atenção, e fico no aguardo da próxima Elvira!
Um bom final de semana!
Abraços,
Mariangela
sempre muita história nas histórias da Elvira.
abraço
envolvente...
vamos seguir a história.
bom fim de semana.
beijinho
:)
Seguindo a sua história com muita
atenção, minha amiga.
Desejo-lhe um óptimo fim de semana.
Bj.
Irene Alves
Um regresso ao passado, a Guerra do Ultramar e as vivências dessa época.
Precisamos recordar o passado para podermos avaliar o presente. Parabéns.
Abraço
Olinda
E pronto, fico mais uma vez aguardando, esse desenrolar da vida da protagonista!
Bjs
A guerrilha é interminável, como se iria ver...
Fico à espera do próximo capítulo desta história tão interessante.
Bom domingo, querida amiga Elvira.
Beijo.
Boa tarde,cada palavra é envolvente, faz-me recordar todas as pessoas que foram vitimas de um sistema politico ditador, que se aproveitou delas para uma guerra injusta em prol da obtenção de riqueza por meia dúzias de empresas, comandas principalmente pelos Melo`s e o Espírito Santo, milhares de militares morreram ou ficaram deficientes, famílias que ficaram destruídas, no fim desta injustiça toda, a democracia é que foi acusada pela ignorância politica das vitimas que regressaram para Portugal Continental.
AG
Oi Elvira,
Agora estou acompanhando a passos lentos e adorando seu conto, como sempre muito bonito.
Amanhã volto
Beijos
Lua Singular
OI ELVIRA!
UMA GUERRA SEMPRE DEIXA RASTROS DE DOR, ENTÃO, O RESPALDO, PARA MIM, SEMPRE É E SERÁ NEGATIVO.
ESTÁ FICANDO CADA VEZ MELHOR AMIGA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Es una historia con alcances históricos y geográficos, pero a la vez intensamente humana, apreciada Elvira.
Oi, Elvira!
A história vem se desenrolando com uma dinâmica gostosa de acompanhar. Estou torcendo pela heroína. Que a guerra não atrapalhe seus dias!
Boa semana!
Beijus,
Oi Elvira
Estou amando o seu conto.
Acompanhando...
Beijos
Lua Singular
Ainda a acompanhar.
Boa semana
Histórias de Angola, já li algumas.
A tua é a melhor, mais focada nos fatos e consequências históricas.
Boa semana, querida Elvira!Bjsss
A pôr a leitura em dia. Sigo já para o proximo episódio.
Beijinhos
Ruthia d'O Berço do Mundo
Muito envolvente suas palavras, ficando cada vez mais curiosa. bjs no coração.
Eis que surgiu a Maria Paula. Estou gostando ainda mais.
Abraços,
Furtado.
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