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17.5.24

CARTA A UMA AMIGA PERDIDA

 

Querida Sofia.

Não sei se ainda te recordas de mim, já passaram tantos anos, mas hoje como em milhares de vezes, lembrei-me de ti.

 Vive em mim a saudade, dos tempos em que vivíamos sonhando com o futuro e aquilo que queríamos da vida. Das noites em que deitadas no escuro, contávamos em surdina segredos que eram só nossos. 

Tu vivias sonhando com o Quim, eu… nunca te confessei, mas vivia suspirando pelo teu irmão, numa paixão de adolescente, que passou anos mais tarde quando conheci o homem da minha vida.

 Naquela época, tu dizias que eu era a irmã que não tinhas. Eu, a viver afastada da minha irmã de sangue, amava-te de igual maneira. Foram anos maravilhosos.

 Mais tarde, testemunhaste o meu casamento. E se eu estava radiante, tu estavas duplamente feliz. Por mim, e por ti, que vias finalmente o teu amor de sempre pelo Quim retribuído. Depois a vida afastou-nos. 

Um dia estava eu em Moçambique, a minha irmã escreveu-me uma carta, contando que te encontrara. Estavas casada e a tratar do passaporte para te juntares ao Quim que tinha emigrado para a França, em busca de uma vida melhor. Corria o ano de 1971. 

Nunca mais soube de ti. Interrogo-me, porque a vida consegue separar assim, duas pessoas que partilharam um amor tão grande? Embora nunca chegues a ler esta carta, amo-te minha amiga, minha irmã.

A tua

Elvira



Nota: Tenho saudades vossas. Esperava voltar este mês, mas a saúde voltou a atraiçoar-me. Apanhei uma virose seguida de uma gastroenterite e infeção urinária. Estou com uma dieta de cozidos e grelhados e a antibiótico. 

5.5.24

5 DE MAIO - DIA DA MÃE

 REEDIÇÃO - PORQUE CONTINUO A PENSAR DO MESMO MODO.


 Festeja-se hoje o dia da mãe. Não, não vou falar da origem do dia da mãe, que já todos conhecem, e se alguém não souber, o dr. Google conta-lhe como foi. Vou apenas desejar a todas as mães do mundo, (e se não faço exceções, é porque as outras, aquelas que abandonam ou matam os filhos, não as considero como tal. São aberrações da natureza, a que me recuso chamar de mães,) um dia muito feliz junto dos seus filhos. 

E queria lembrar aos filhos, que mãe é profissão sem reforma, que se adquire  no momento em que o médico informa a mulher que ela está grávida, até ao último suspiro da sua vida. Não o é apenas no Natal, ou no dia da mãe. E que não vale a pena gastarem muito dinheiro numa prenda toda xpto. Salvo raras exceções, o que a mãe deseja do seu filho, é um abraço, um beijo, um afago no rosto, um sorriso. Algumas se contentavam apenas em receber um telefonema, a perguntar se estão bem.

E não apenas hoje, mas sim, todos os dias do ano.

FELIZ DIA, MÃES!