Inclinada sobre um berço que não existe...
Contempla um bebé que não nasceu...
e chora...
Movem-se com ritmo as suas mãos
como se embalasse uma ilusão perdida.
Tem uma doce expressão nos olhos sem brilho
e as lágrimas correm pelo rosto enrugado.
E na sua loucura nem se lembra
que tem fome
e que na velha casa
não há nada pra comer.
É triste não ter em casa uma côdea de pão,
com que enganar a fome
Contempla um bebé que não nasceu...
e chora...
Movem-se com ritmo as suas mãos
como se embalasse uma ilusão perdida.
Tem uma doce expressão nos olhos sem brilho
e as lágrimas correm pelo rosto enrugado.
E na sua loucura nem se lembra
que tem fome
e que na velha casa
não há nada pra comer.
É triste não ter em casa uma côdea de pão,
com que enganar a fome
que lhe atormenta o velho corpo cansado.
Inclinada sobre um berço que não existe...
Contempla um bebé que não nasceu...
e chora...
Inclinada sobre um berço que não existe...
Contempla um bebé que não nasceu...
e chora...
22 comentários:
As suas palavras emocionaram-me! Obrigada por as partilhar!
Palavras tristes....
Beijos.
É... as vezes penso no filho que não tive...
Beijos Mila
Hola Elvira ¿como Estas? ya veo que trabajas mucho y eso es buena señal.
Preciosos tus pensamientos,emocionan!
Un abrazo. A.Cris
Fez-me pensar na criança inglesa com 17 meses assassinada pela mãe e padrasto. Mas aí quem chorou não foi quem olhou para o berço...
Um beijo, Elvira.
Há histórias tristes. A que publiquei hoje é uma delas. Lembra-se de lhe ter dito que tinha tido um amigo que faleceu com leucemia?
Beijinhos.
A situação que descreves neste belíssimo poema, infelizmente, ocorre com alguma frequência.
Gostei, embora triste.
Beijinhos.
será loucura? será a realidade da vida? um conjunto de situações que transformam em agonia a vida de uma pessoa, sofredora, que às tantas nem sabe se precisa da tal codea de pão...
beijinhos
Neste poema é um pouco a realidade de muitas mães! aquelas que olham e nada tem.
Abraço e fica bem
poema triste
trista realidade
bjos
de toda forma chora
pelo que lhe falta
linda forma de contar a história.
Está lindo tudo aqui, um abraço!
Sem filho, com fome...e resta-lhes apenas contemplar o berço vazio, as mãos vazias, o colo sem embalar...
Um beijinho pra ti querida
Muito triste,sim, mas muito real, temos muitos seres que estão no Inverno da vida e estão completamente sós sem familia e sem pão
beijos
Quantos que pôr ai olham o vazio da vida, onde já iveram filhos e hoje nada têem.Beijinhos amiga e ainda bem que gostou deste novo espaço.S
Um prato vazio é mau, mas uma casa sem o riso de uma criança, para mim ainda é mais triste que não me consigo imaginar sem ter os meus meninos...
Tão triste, Elvira, espero que não traduza um estado de alma, mas apenas um estilo poético. Gosto mais dos contos, que têm sempre um final feliz...já vinha mais um, não?
Beijinhos
Emocionou-me, estou sem palavras.
Beijinho
Marina
Olá querida Elvira, muito triste mas real, em muitos casos infelismente... Beijinhos,
Fernandinha
Olá querida Elvira, muito triste mas real, em muitos casos infelismente... Beijinhos,
Fernandinha
Olá querida Elvira, muito triste mas real, em muitos casos infelismente... Beijinhos,
Fernandinha
Olá querida Elvira, muito triste mas real, em muitos casos infelismente... Beijinhos,
Fernandinha
Olá querida Elvira, muito triste mas real, em muitos casos infelismente... Beijinhos,
Fernandinha
Querida Elvira!! Obrigada por sua visita, bem sei que faz ao máximo para dar esse carinho...Obrigada!!
Este vazio que descreves tão bem é muito triste, o vazio de não ter acontecido somado ao vazio do corpo, da fome...que ela preenche com seu delírio, com seu sonho que não se concretizou...embala o tempo que passou, a esperança que não vingou...embala sua própria dor como a um filho...e assim embala a si...no meio de sua solidão e dor...
É um poema triste, por ser palpável, porém muito belo!
Beijos
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