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1.10.16
VIDAS CRUZADAS - PARTE XI
A capacidade que as mulheres da família tinham de adivinhar-lhe os pensamentos era coisa que continuava a intrigá-lo.
E já se tinham passado três dias. Três dias em que se tinha embrenhado pelas redondezas, procurando nas margens do rio, na sua extrema beleza esquecer o que o atormentava. Apenas uma vez fora até ao largo da aldeia, demasiado concorrido, com todos aqueles turistas que procuravam a saúde na virtude das águas do local, e nos tratamentos termais oferecidos pelo enorme balneário. Suspirou fundo, sentou-se no banco que parecia chamá-lo, abriu o livro que trouxera consigo e embrenhou-se na leitura. Enquanto se sentava num banco, junto à margem do rio, Pedro continuava a recordar a descoberta da casa da tia, três dias atrás quando chegara. O resto da casa não era muito diferente. Por todo o lado móveis escuros e pesados, molduras antigas, panos de renda manual. Na sala havia uma carpete esquisita, que a tia lhe dissera ser feita de retalhos de pano, e tecida em tear manual na aldeia. Carpete de trapos, mantas de trapos. Uma casa de banho junto aos quartos, com um enorme lavatório incrustado num móvel escuro, encimado por um grande espelho também emoldurado de escuro, num contraste berrante com as loiças e azulejos, completamente brancos. Para seu uso, dissera a tia. Ela usava sempre a outra. A outra era muito semelhante, mas em vez de banheira tinha um chuveiro, envolto num pesado cortinado, e um ralo no chão para esgotar a água. Tanto a tia como a empregada "que é mais família do que empregada, pois sempre aqui viveu, desde o tempo em que a mãe, era empregada dos meus avós" -dissera a tia, utilizavam esta casa de banho. E continuara "As banheiras são perigosas, quando a idade carrega e faltam as forças".
Na hora do jantar vieram as reclamações, porque, cansado da viagem, e tendo comido alguma coisa numa paragem no caminho, não lhe apetecia comer.
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16 comentários:
Acompanhando e gostando! Lindo fds! bjs, chica
Parece-me que o Pedro foi parar à terra que usa o nome do seu santo, nas margens do Vouga. Enganei-me?
Passando para acompanhar a história!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Estou a torcer para que as águas medicinais possam ajudar o nosso herói.
Bjn
Márcia
E tenho a cert3za, o Pedro vai ficar curado . A ver vamos se tenho razão. Beijinhos, Elvira e um bom fim de semana, sempre com saúde, se não for muita, pelo menos a suficiente para continuarmos a caminhada. Fica bem!
Emilia
Continuo a acompanhar a história.
Um abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Amiga venho despedir-me de si até 25 de Outubro,
pois vou até à Irlanda para estar c/os meus.
Desejando que se encontre bem.
Um beijinho da amiga
Irene Alves
O Pedro devia também ir a esse enorme balneário (termas??) é que para além dos tratamentos terapêuticos, esses sítios oferecem também programas de bem-estar com vista ao relaxamento do corpo e da mente, mas se o banco o chamou...creio que algo de bom vai acontecer no próximo 'capítulo'.
Bom fim de semana.
Abraço.
Uma história sem fim, como a vida?
Beijo
Que minha demora não seja tão longa
a ponto de me esquecer.
Que minha saudade me de forças e coragem
para visitar pelo menos de vez em quando.
Que possas acreditar que essa distancia
é motivada por um sofrimento ,
que é desnecessário dizer.
Peço apenas que acredite sempre
fui amiga de verdade.
Dói no peito esta saudade!!
Um Domingo abençoado.
Bjs..Evanir..
Pedro, embrenhou-se na leitura, para esquecer o que o atormenta. Oxalá que encontre por lá, o remédio para curar a doença!
Boa noite amiga Elvira, um braço,
Eduardo.
Estou por aqui já:) Beijinho e boa semana Elvira.
beijinhos
elisaumarapariganormal.blogspot.pt
Continuo gostando e aguardando os acontecimentos.
Abraços,
Furtado
Oi Elvira,
Ainda não estou bem, mas eu lhe prometo que chegarei ao fim da história, junto com os outros
Beijos
Minicontista2
Oi Elvira,
Um moço tão lindo não pode morrer.
Beijos
Lua Singular
Acompanhando e gostando muitíssimo.
Beijos!
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