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15.10.07

ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA

Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira, nasceu em Avintes em 1942, no seio de uma família tradicionalista católica. Tirou o curso do liceu no Porto. Em Avintes iniciou-se no teatro amador, e foi co-fundador da União Académica de Avintes. Foi para Coimbra em 1959, onde estudou Direito. Foi solista no Orfeon Académico de Coimbra, e fez parte do Grupo Universitário de Danças e Cantares e do Círculo de Iniciação Teatral da Académica de Coimbra. Tocou guitarra no Conjunto ligeiro da Tuna Académica. No ano seguinte editou o 1º EP acompanhado por António Portugal e Rui Pato. Em 1963 saíu o 1º disco de vinil, "Fados de Coimbra" que incluía a Trova do Vento que Passa, essa balada fundamental da sua carreira, com poema de Manuel Alegre, em consequência da sua resistência ao Regime Salazarista, e que as suas movimentações levaram a gravar, foi o hino do Movimento Estudantil.

Além disso Adriano Correia de Oliveira, tornou-se militante do PCP no início da década de 60. Em 1962 participou nas greves académicas e concorreu ás eleições da Associação Académica, através da lista do Movimento de Unidade Democrática.

Em 1967 gravou o vinil "Adriano Correia de Oliveira" que inclui entre outras a Canção com lágrimas.

Quando lhe faltava uma cadeira para terminar o curso de Direito, muda-se para Lisboa, onde trabalhou no Gabinete de Imprensa da Feira Internacional de Lisboa, e foi produtor da editora Orfeu. Em 1969 editou o "Canto e as Armas" tendo todas as canções poesias de Manuel Alegre. Nesse mesmo ano ganhou o prémio Pozal Domingues. No ano seguinte sai o disco de vinil "Cantaremos" e em 1971 "Gente d'Aqui e de Agora", que marca o primeiro arranjo, como maestro, de José Calvário, então com vinte anos. José Niza foi o principal compositor deste disco.

Fez-se um interregno de quatro anos, porque Adriano se negou a enviar os textos á Censura.

Em 1975 lançou "Que Nunca Mais" com direcção musical de Fausto e textos de Manuel da Fonseca. Este disco levou a revista inglesa Music Week a elegê-lo como o "Artista do Ano".

Fundou a Cooperativa Cantabril e gravou o seu último álbum, "Cantigas Portuguesas" em 1980. No ano seguinte numa altura em que já se encontrava doente, deixou a Cantabril e ingressou na Cooperativa Era Nova. Em 1982, com quarenta anos, num sábado, a 16 de Outubro, morreu em Avintes, nos braços da mãe, vitimado por uma hemorregia esofágica.

(Texto retirado da Wikipédia)

Hoje 25 anos após a sua morte, penso que cada dia mais faz falta a sua voz, para denunciar... a revolta que nos vai rasgando o peito.

11 comentários:

Isamar disse...

A homenagem a que tem direito.25 anos de dor e saudade. Uma voz que jamais nos deixará.

Beijinhossss

Pena disse...

Amiga Simpática Elvira:
Adriano Correia de Oliveira foi um marco de uma geração. Foi um marco de um povo lutador pelo simbolismo da luta trabalhadora e estudantil contra a ditadura fascista.
Quando era jovem ouvia-o fascinado, mas sem grande informação política ou ideológica.
Foi uma voz marcante do povo Português. Falou bem alto nas nossas fronteiras e fora delas, onde suportou a dor da distância anti-regime salazarista.
Acredito vivamente que a sua voz permanecerá bem viva em todos os portugueses de coração generoso e num gesto profundo de agradecimento pelo que a sua obra artística e talentosa a todos cativou e encantou.
Bela escolha, amiga doce Elvira.
beijinhos de amizade, respeito e muita estima.

pena

Maria disse...

O Adriano continuará sempre ao nosso lado, enquanto nos lembrarmos dele e a sua voz cantar em nossas casas....
Obrigada por este momento.
Beijinho

Alexan disse...

Teño que recoñecer que non coñecia a existencia de Adriano Correia de oliveira (unha eiva máis froito de vivir de espaldas os pobos ibéricos)pero a través da súa biografía, na que honras a súa memoria, vese que foi un home loitador, coherente. Un home dos que que loitan todo-los días. "Un home imprescindible"
Grazas a intercomunicaión entre os pobos coñece un a personaxes tan importantes na historia dos paises.
Un abraço

Elvira Carvalho disse...

Sophiamar:
Tem razão. Adriano merece a homenagem.Engraçado como tivemos a mesma ideia.
Um abraço

Elvira Carvalho disse...

Pena:
Nunca Manuel Alegre teve outro cantor que o interpretasse com o sentimento que Adriano, punha na voz.
Uma pena que aquela voz se fosse tão cedo. Mas a sua memória continua viva em mim como em milhares de portugueses.
Um abraço

Elvira Carvalho disse...

Maria:
De nada Maria. Adriano merece.
Um abraço

Elvira Carvalho disse...

Apátrida:
Aconselho-o a procurar no You Tube, alguns dos vídeos das suas canções. E depois se puder compre os cd. Nunca ninguém cantou os problemas dos nossos povos com tal sentimento.
Um abraço

Anónimo disse...

Esta VOZ que a nossa memória não esquece!
Bjs

eskisito disse...

Sim, era uma voz que faz falta. Cada vez mais se cala Abril e a liberdade.
Beijos

Azul disse...

Pois faz,Amiga, pois faz..

E o EsKisito é que tem razão.