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17.10.17

A RODA DO DESTINO - PARTE XXX


Os três homens puseram-se de pé, quando eles entraram, na sala, e por momentos ficaram em silêncio, a olhar para os recém-chegados. Melhor dizendo a olhar Ana Clara. Por muito que tivessem ouvido falar na semelhança entre as duas, ainda assim a surpresa foi grande. Anete encarregou-se de os apresentar, e depois o dono da casa aproximou-se de Ana Clara.
-Sê bem-vinda, filha. Quero que saibas, que estamos muito felizes por te conhecermos, e que esta casa estará sempre aberta para vos receber, - disse estendendo-lhe os braços, onde a jovem se refugiou emocionada.
 Talvez para quebrar um pouco a emoção, Luís disse:
-Tenho que ir à pastelaria onde tomei o pequeno-almoço. Não sei o que me puseram no café que estou a ver dobrado.   
Todos riram e as apresentações prosseguiram em clima mais leve, até que chegou a vez da dona da casa, que entretanto viera da cozinha para cumprimentar as visitas.
- Estás muito bonita. Se existe um outro mundo, onde se pode ver o que se passa por cá, Antónia deve estar tão feliz como eu, por vos ver juntas.
- Anete, disse-me que a senhora conheceu a minha mãe biológica.
- E verdade. Viveu connosco algum tempo. Tinhas três meses quando se foram embora. Andei remexendo as fotografias antigas, e encontrei duas da Antónia. Depois do almoço, mostro-vos.
Entretanto Teresa, fora ao quintal buscar os filhos, para lhes apresentar as crianças recém-chegadas. Com a naturalidade própria da infância, os dois meninos logo quiseram mostrar aos outros o quintal, e os quatro foram brincar, alheios à emoção dos adultos.
Depois as quatro mulheres voltaram para a cozinha, deixando os homens em animada conversa na sala.
Um quarto de hora mais tarde, a campainha tocou e Anete apressou-se a ir abrir. Na sua frente, com um bonito ramo de rosas, Salvador saudou-a sorrindo.
- Desculpa se me atrasei, mas foi premeditado. Queria que a família vivesse a emoção deste encontro sem a presença de estranhos – disse saudando-a com um breve beijo nas faces, saudação social tão em voga nos dias de hoje.
- Tu não és um estranho. És o cunhado da minha irmã.
- Sei, e tu és a cunhada do meu irmão. Não me esqueci, - disse sorrindo.
- Entra, daqui a pouco a família vem ver quem está à porta.
-Obrigado, - disse e estendeu-lhe o bonito ramo.
- São para mim? – Perguntou espantada
- Não, são para a tua mãe. É a dona da casa, e foi dela a ideia de me convidar, segundo me disseram.
Anete levou-o até à sala, para o apresentar aos irmãos. Não pôde deixar de reparar no olhar inquisitivo com que o brindaram, depois de olharem para o ramo de flores. Deu por si a pensar.
“ Não têm emenda. Pobre Salvador, não sabe que acaba de mexer num vespeiro” 
Sorriu dizendo.
- Vou entregar as flores à sua legítima dona. Tenho a certeza que vai querer agradecer-te. E não deixes que os meus irmãos te incomodem.
Saiu, em direção da cozinha, e pouco depois, a dona da casa, vinha saudá-lo.


12 comentários:

Tintinaine disse...

Ainda não foi desta que vi a travessa do cozido, mas eu não desisto, amanhã à mesma hora cá estarei para ver se não falta nada e se me toca alguma coisa.
A novela avança a bom ritmo, espero que a Elvira não lhe meta o empata pelo meio. Ele já deu um ar da sua graça no episódio de ontem e fiquei desconfiado.

Joaquim Rosario disse...

bom dia
quando acabei de ler este episodio , pensei precisamente no que o amigo Tintinaine acabou de comentar .
coincidências !!!
JAFR

Isa Sá disse...

A passar por cá para acompanhar a história!


Isabel Sá
Brilhos da Moda

chica disse...

Muito bom te acompanhar e ver as emoções no encontro... Agora estarei menos por aqui pois viajaremos. Mas de lá, SE DER, lerei os capítulos restantes torcendo pelos personagens! bjs, chica e INTÉ!

António Querido disse...

Passei, li e gostei, adultos e crianças felizes, fazem a casa sorrir.

Abraço.

Teresa Brum disse...

Uma estória encantadora,leve como o amor.
Até amanhã Elvira querida e linda tarde pata você.

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Mais um capítulo que me encanta.
Beijos!

Os olhares da Gracinha! disse...

Quando há apresentações ... o clima fica um pouco tenso mas o tempo e a conversa ... desanuvia o ambiente!!!bj

Edum@nes disse...

Salvador chegou com um bonito ramo se rosas. A moenga continua rolando sobre rodas. Sem mais novidades até agora. Acho que está precisando duma pitada de picante?

Tenha uma boa noite amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.

Cantinho da Gaiata disse...

Elvira, acho que a história precisa de um empurrão, vá lá ... Quando vem o romance ? Estamos que já não podemos.😂
Beijinho e até amanhã às 8.

Pedro Coimbra disse...

Um do meus bons amigos tem um irmão gémeo.
O meu amigo vive em Macau, o irmão em Portugal.
A filha do meu amigalhaço, quando viu o tio pela primeira vez, ainda muito pequenina, perguntou se tinha dois pais :))))

Rosemildo Sales Furtado disse...

A chegada de Salvador não só deu maior ânimo a Janete, como gerou a curiosidade dos futuros cunhados. Continuo gostando, e cada vez mais curioso.

Abraços,

Furtado