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16.10.17

A RODA DO DESTINO - PARTE XXIX


A casa dos pais de Anete, ficava situada numa zona já na periferia da cidade. A rua era composta quase só por vivendas, separadas entre si por muros encimados por gradeamento. Quase todas tinham na parte da frente, um minúsculo jardim, com algumas flores. Em muitas delas havia pés de roseira, que na altura da floração perfumavam o ar. Raul estacionou o carro, entre o de Ricardo e o de Afonso, que viera passar o dia com a mãe, e que naquele preciso momento voltava a casa, depois de ter ido comprar o jornal. Sabia que havia festa em casa do vizinho, tinha visto Anete com os pais à saída da igreja, e via os carros dos dois irmãos frente à porta. Parou no passeio, espantado ao ver Anete sair dum carro que desconhecia, abrir a porta de trás e desapertar o cinto da cadeirinha de uma criança enquanto o homem do outro lado, fazia o mesmo. Ele tinha visto a jovem entrar em casa com os pais. E agora estava ali? Quem era aquele homem e aquelas crianças? Alguém que tinha conhecido em Lisboa? Estava diferente de quando a vira de manhã, com outro vestido e outro penteado. Engoliu em seco, quando ouviu uma das crianças chamar-lhe mãe. Queria falar, mas não conseguiu articular palavra. Nesse momento, Anete viu através da janela o que se passava. Rapidamente tirou o avental e saiu a receber a irmã, deixando Afonso completamente petrificado. Então a jovem  aproximou-se dele e apresentou-lhos.
- Afonso, apresento-te a minha irmã gémea Ana Clara, o meu cunhado Raul, e meus sobrinhos, Jorge e Miguel. Família, este é Afonso, um grande amigo.
Não o apresentou como ex-marido, não lhe apetecia falar do seu casamento falhado, naquele dia.
Afonso, compreendeu-a e também não referiu o facto. Limitou-se a cumprimentar os recém-chegados, dizendo a Anete.
-Nunca soube que tinhas uma irmã.
- Eu também só o soube há dias. É que fomos adotadas por famílias diferentes. E não fiques em choque. É um segredo de família, tão bem guardado que nem eu sabia. Um dia conto-te tudo. Por favor, não o contes à tua mãe.
- Não contarei. Fica descansada.
- Obrigada – agradeceu a jovem, dando-lhe um beijo breve no rosto, antes de lhe voltar as costas, e dar o braço à irmã para entrarem em casa.
- Prepara-te. Pela reação de Afonso, imagina o que te espera lá dentro, - disse Anete
- Já chegaram todos? Não vejo o carro do meu irmão, - disse Raul.
- Se ele vem, ainda não chegou, - respondeu Anete.
- Como se ele vem? Eu disse ao teu pai que ele vinha. Esteve toda a semana na Madeira, mas regressou ontem.
- Não sabia.O meu pai não me disse nada, provavelmente porque eu também não perguntei.
Entraram em casa, e Anete empurrou a irmã na direção da sala.
- Entra tu primeiro. Quero ver a reação dos meus irmãos.


16 comentários:

Joaquim Rosario disse...

bom dia
espera-se um almoço cheio de emoções. haver vamos !!!
ate amanhã .
JAFR

Isa Sá disse...

A passar por cá para acompanhar a história!

Isabel Sá
Brilhos da Moda

chica disse...

Vamos esperando as reações agora...beijos, linda semana,chica

Teresa Brum disse...

Hum!
Reações emocionantes nos esperam, beijinhos.

Bell disse...

Surpreendente!!


bjokas =)

redonda disse...

Também quero ver como vai ser a reacção dos irmãos
um beijinho e um bom dia

Tintinaine disse...

Pensei que me ia atirar ao cozido, mas ainda não foi desta!
Volto amanhã!

Os olhares da Gracinha! disse...

Fiquei curiosa sobre o que se segue!!!bj

Edum@nes disse...

Tudo em pormenor muito bem contado. Para mais o esticar. Será que o Salvador está atrasado?
Tenha um bom dia amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.

Cantinho da Gaiata disse...

Uauuu, será que o Salvador não vai?
Esperando para ler o próximo post.
Bjs

Anete disse...

Olá, Elvira...
Botando em dia a leitura aqui... Estão interessantes os detalhes da história...
Beijinho

esteban lob disse...

¡Qué imaginación tienes Elvira! Muy buen texto.Tiene suspenso y emocionalidad.

Un beso.

Ailime disse...

Uma história linda que estou a gostar imenso de acompanhar.
Vou aguardar o desenrolar dos acontecimentos que se prevê serem bem interessantes.
Beijinhos e uma boa noite
Ailime

Pedro Coimbra disse...

Essa do irmão ainda não ter chegado traz água no bico...

PROFESSORA LOURDES DUARTE disse...

Uma bela casa e uma história surpreendente! Abraços amiga Elvira.

Rosemildo Sales Furtado disse...

Não acredito em intensas reações como foi a do Afonso, visto que os membros da família já sabem que são gêmeas e conhecem a história.

Abraços,

Furtado